sexta-feira, 3 de abril de 2020

Nossas Pulseiras

Naquele dia 
queríamos o mesmo lado da cama e eu te confessei que 
eu só dormia de um lado como quem parece esperar alguém chegar.
Naquele dia 

eu também te confessei sentir saudades e 
desejei cheirar o teu cangote. 
Falávamos ainda em reciprocidade, 
da sutileza das nossas pulseiras: uma pra mim e uma pra ti.
Mostrei a ti um poema desses que são as nossas falas que inspiram, 

fruto dos nossos ruares.
Naquele dia decretaram a quarentena

 pensei estar sozinha, 
descobri tua morada em meu peito.





JesuanaSampaio
Marçodedoismilevinte


Nenhum comentário:

Postar um comentário