domingo, 17 de fevereiro de 2013

Não amar, não é suficiente!


Não amar, não é suficiente!




De súbito, uma vontade  me aperreia,
eu te amo! mas não, não amo ninguém.
às vezes parece que nem a mim.
desse amor capaz de dá a vida, de ser tudo,
de ser maior, mas, não.

E porque querer sua atenção,
seu carinho,
sua presença.
Não sei.
Mas eu te amei,
e por um record de tempo inimagináveel,
esse mesmo que nos desgastou,
nos disse um adeus,
parecido com um até já.
nos deixou marcas...
profundas...
incapacidades repletas de dúvidas...
tentativas cheias de passado,
nada novo,
mais do mesmo
disfarçado de novidade...
estranho,
nada do que eu diga faz sentido...
nada parece fazer sentido...
nada é suficiente...
não amar... não é suficiente!
eu não sou suficiente...
nem mais você é.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Mar...misterioso mar"

"Mar...misterioso mar"


A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.



Água que vem e arrasta
                                 Que transborda sem fazer notar-se
                                                                               Abençoa sem pedir...
                                                                                                As mágoas afoga...


Mar
tão vasto
tão tanto
tão longínquo
horizonte sem fim
ou com fim depende de mim
de meus pés firmes no chão
de meus sonhos lá no alto da maresia enfim...

Água que me cura
                           me lava a alma...
                                                A aura
                                                   Transcende
                                                           Translucida
                                                             Transeunte de algum lugar que vai
                                                               Além de mim
                                                                          De nós
                                                                            Além de si...
                                                                                          Além...

Mar
tão perfeito
tão tanto
tão tudo
horizonte onde o olhar alcança e cansa
de delirar...
dilatando as pupilas da existência morbidamente poética
reluzentemente vivaz...
tão contráditório quanto o resto,
quanto a dúvida  de cada instante,
de ser por si só suficiente... por si só enfim...

                                             

                                                 Jesuana
                                                            Prado

Quatrodefevereirodedoismiletreze


(Foto: Adriana Passos. Arquivo Pessoal.)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Eu e as dúvidas em mim



Eu e as dúvidas em mim
 
Nada sei,
já...
nada sei.
a vida parece ser boa suficiente pra alguns
nao suficiente pra outros
e pra tantos outros é tanto faz.


Já nem sei
o que é afinal a vida e os viventes
estes transitam para a morte dos dias
os vazios da alma, preenchidos de dor,
já...


Nada sei do que sou,
do que fui,
nem sei.
o que é afinal o ser,
às vezes algo além,
algo mais
ou nada da mesma forma,
não...





Nada sei,
do sentido que dou, 
da falta que há neste ou naquele significado,
às vezes tão impolgante outrora supérfluo por demais,
sei...

Nada sei...
               Já...
                    Não...
                             Sei...





Jesuana Prado
03/02/2012



sábado, 2 de fevereiro de 2013

MOJÚBÀ, A ILÊ E TIRE *

MOJÚBÀ, A ILÊ  E TIRE *




 (Van Gogh, Quarto em Arles 1888)




Vem sem demora...
vai um dia, qualquer hora...
esquece as badaladas de um tempo que diz
que esse mesmo nao se deve  perder com as delicadezas da alma.

Esquece o tardar das horas...
o que importa se ja raias o dia tão sublime ou tempestuoso para nós,
se minha espera também fez pesar 
os ponteiros do relogio imaginário no desgaste dos suspiros
a te esperar celeremente.

vem e demora
esquece a partida dos dias
dos momentos
das asperezas da idade
da vida
esquece as impossibilidades da realidade mais que concreta.

vem e fica
vem simplesmente sem por quês , nem pra quês,
vem e permanece, sim, como nunca antes
e esquece adeuses cotidianos,
esquece adeuses, 
esquece e fica
lembra e permanece.



MOJÚBÀ, A ILÊ  É TIRE * (Seja Bem Vindo, A casa é sua, em Yorubá)

Jesuana Prado
02/02/2013