sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quando ainda se tece esperança...





Quando ainda se tece esperança...

Quem me dera o amor batesse na aorta como previa Drummond.

Algo aqui bate, mas não, não é amor.

Amor... artigo de luxo, ou de teimosia acompanhado a

ilusão de reciprocidade ...de momentos felizes.

Mas não, hoje o que me acompanha é minha velha solidão.

Está sim, anda comigo, não lado a lado, mas em mim,

bem dentro, no oco do que outrora foi alma,

no oco do meu mundo.

E o choro rega o caminho

que tenta tecer trilhas de esperança,

 porque afinal há de se ter algo de bom

 no decorrer das horas.

Nem só de tristeza se vive,

nem só de solidão se acompanha.

Quem sabe alguém me queira dar a mão,

e simplesmente seguir num ritmo único

ou por vez desritmado. 

E quem sabe o amor chegue... quem sabe.


JesuanaPrado


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