quarta-feira, 23 de março de 2016

Mulher

Mulher

Sou filha de um ventre gentil
de uma pátria que não é.
Sou filha da luta
que não pode se calar,
que grita, labuta
nas ruas, guetos, favelas.
sou filha da revolta
por não me submeter,
rebeldia pura
por não obedecer
a um macho, opressor,
que quer bater, amedrontar, ameaçar
meu ser mulher.
Não sou nem nunca serei inferior
sou filha, sou mulher,
não sou, Não somos obrigadas a nada! Nada!
Esta é a única ordem.
Ninguém nos obrigará
a ter os filhos que não queremos ter,
a casar, ser normal.
Somos anormais, únicas, diferentes.
Permanecemos em luta
contra o machismo e o patriarcado.
Podem nos chamar de feministas,
é uma honra que acalentamos em nossas almas
Que pulsa em nossos sangues
que escorrem em fluxos menstruais
que também é fluxo quando
não vencemos a luta contra o feminicídio
que assola, abate
em um solo nada gentil.
Não me venha com flores mortas
cheirando a segregação.
Me venha com punho cerrado
para marcharmos em luta
até que nenhuma mulher tenha
seu sangue jorrado.
Dia da mulher é dia de luta,
todo dia é.
JesuanaPrado

Nenhum comentário:

Postar um comentário