quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dos Amores Assassinados





Frida Kahlo, El abrazo de amor.


Dos Amores Assassinados

Eu sou uma assassina.
Já matei amores dentro de mim.
Sufoquei-os até o último suspiro romântico.
Dei o pior de mim,
Mostrei-me outra que não eu
só para trucidar o resto de anseio de amor que houvera.

Matando-os, matei-me!
Sentidos...
Ausências...
Risos...
Matei a sua morada em mim,
a sua essência partilhada no nós.
Sufoquei meu grande amor 
até não existir mais raízes.
Até decepar toda mácula,
toda sutileza de amorosidades.

Sou uma assassina
Matei o melhor de mim em ti...
o mais puro encantamento do EUTUNÓS...

Mirando os restos de meus crimes...
vaga uma saudade, esta sim, profunda...
como um dia foi a existência de amores em mim.


JesuanaPrado
Dozedesetembrodedoismiletreze


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