Um outro
(Imagem: http://artodyssey1.blogspot.com.br/)
Não
ter um novo amor,
Deixa-me aparentemente presa ao passado do que já não é amor?
Do que já não é relacionamento?
E eu digo:
eu estou livre,
eu sou livre
e você?
Mas para quê se prender ?
E é prender?
Posso continuar livre mesmo amando?
Posso continuar eu mesma apesar da relação com o outro.
E qual a ação do outro em mim?
Não sei, não tenho mais o outro em mim.
Tenho a ausência e a ânsia de que um novo outro me habite.
Tenho necessidades de amar o belo e o excêntrico no outro
e de mostrar o obscuro e claro que sou
e quem sabe amar,
e quem sabe “morrer de amor e
continuar viva”
e quem sabe “ser infinito enquanto dure posto que é
chama”
e quem sabe simplesmente ser,
ou complexamente ser,
já que ser
nunca é simples
mas vale a pena apesar dos pesares,
Apesar das conjunturas,
dos abismos que insistem em me habitar
assim
como as completudes que teimam em preencher,
apesar desse duelo contínuo
que eu sou.
Dezenovodeagostodedoismiletreze
JesuanaPrado
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