sábado, 19 de janeiro de 2013

Sem Tom para o Adeus




Sem Tom para o Adeus



Tenho uma dor conformada

de espinhos cravados

para a eternidade.

cada afago cancelado

pelo tempo amargurado

da voz sem tom para o adeus.

tenho o corpo censurado

teu formato desenhado

em cada lençol.

meu quarto ja nao é meu,

 é teu.

e hoje com a febre me aqueço

na penumbra adormeço

lágrimas pra dentro

afogam meu coração.



Jesuana Prado
doismileseis


Pintura: Birth of Vênus, de Odilon Redon.

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