terça-feira, 14 de agosto de 2012

Eu te permito...



Eu te permito...

Querer-te nesse momento
Não faz sentido,
Porém amor, desejo-o.
Algo que nem sei o que é,
Que Nem mensuro,
Que Parece fraco, mas existe,
Deseja-te ainda.

Em vão sei que é,
Porém não me importa
Este vão sentir,
Deixo-o abrigado em mim.

Às vezes tranquilo,
Ou vez por outra tempestuoso.
Às vezes desejo-o inexistente,
Outras simplesmente
Deixo-o livre.

Na verdade, sei de tudo,
Mas é insano meu desejo,
É egoísta,
É cômodo,
É acomodado.

E por tudo isso
Bem irracional,
Bem emocional,
Bem impulsional.

É amor eu te permito
Ainda morar em mim,
Mesmo que minimamente,
Mesmo que às vezes de ti eu nem lembre a existência.

Mas ainda, ainda há algo,
O que é não sei,
Mas há.
 
17/07/2012
Pampulha, Belo Horizonte-MG.

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